*Rangel Alves da Costa
Há instantes na vida em que parecemos viver
debaixo de sóis escaldantes, ao redor de fornalhas incendiárias, ao lado de
labaredas chamejantes. Tudo queima, tudo arde, tudo dói. Procuramos razões, procuramos
motivos ou justificativas, mas nada que nos apareça como fundamentada explicação.
Talvez na outra face de um tempo do Eclesiastes, aonde a angústia vem no lugar
da segurança e o desassossego chega em lugar da paz. Então queimamos e ardemos
como sóis e labaredas. O que fazer, então, em instantes assim? Esperar a outra
face do tempo do Eclesiastes? A segurança no lugar da angústia e a paz no lugar
do desassossego? Creio haver outro caminho mais singelo e mais cativante ao
espírito e alma: procurar estar sob o sol da ternura. E assim sentir-se tão
forte e confiante, tão pulsante de fé e de esperança, tão sublime na alma e nos
sentimentos, que todos os sóis que desçam e todas as chamam que caiam não
consigam ter a força do ser no seu objetivo maior: a felicidade.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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