*Rangel Alves da Costa
Na distância é tudo tão distante, amargo e
torturante, a aflição do amante. Em tudo é saudade, dor sem piedade, no relógio
a maldade de uma solidão. Catando lembranças daquelas andanças, nos lábios
festanças, na vida as contradanças da separação. Um aqui outra lá, na distância
ficar, querer ter asas e voar para reencontrar. Na fotografia aquela magia da
presença de um dia em outro lugar. E tudo tão distante, o martírio do amante,
que na lágrima rompante pensa em naufragar. Sucumbir pela dor, em tudo o pavor
de tão cedo não ter seu doce amor. E assim vai sofrendo, de amor padecendo, de
saudade morrendo, e o tempo dizendo: vá! Pelo caminho andar, pela estrada
chegar, pelos ares voar, mas vá!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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