*Rangel Alves da Costa
Amor silêncio é amor sozinho. Mas quem ama em
silêncio não deixa de amar. Silencia a palavra mas sente no peito o grito maior
do desejo. No silêncio imaginar a boca, imaginar o lábio e imaginar o beijo, em
pensamento beijar e sentir o calor do beijo retribuído em afã de querer. Em
silêncio avistar a beleza do olhar, a perfeição do corpo a maciez da pele, a
morenice na cor e a dança no passo. Em silêncio dizer que é tão bela aquela que
ama e quer mais amar, sentir a paixão por tudo existente e dizer a si mesmo que
é tão feliz. Em silêncio estender a mão e sentir o calor da outra mão, seguir
na estrada buscando a relva. E nos campos floridos do entardecer, ao seu lado
deitar para a poesia do instante. Tudo em silêncio, na brandura do pensamento
singelo. E assim mais amar sem hora de despedida e em silêncio deitar para em
silêncio sonhar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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