SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



domingo, 24 de janeiro de 2016

O riacho de minha aldeia (Poesia)


O riacho de minha aldeia


Na tristeza da estiagem
o meu riacho adormece
no leito a triste paisagem
tudo que tanto entristece

no sentimento sertanejo
sempre uma visão dolorosa
avistar no riacho o cortejo
da degradação lastimosa

mas a nuvem carregada
desperta a vida e o sertão
e quando cai a trovoada
traz também ressurreição

então o Jacaré se largueia
para receber as enchentes
acolhe o que a chuva semeia
nas águas como sementes

e assim se faz renascido
o riacho que passa na aldeia
tornando todo olhar sofrido
num brilho de lua cheia.


Rangel Alves da Costa

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