Rangel Alves da Costa*
Hoje em dia é difícil encontrar um menino
brincando. Também não considero que ainda existam ruas, calçadas ou campinhos
de futebol. As ruas são dos carros, das motocicletas, das correrias, dos
assaltantes e dos perigos. As calçadas são dos medos, das janelas e portas
fechadas, do temor sobre tudo. Desse modo, não há mais espaço para a criança
correr atrás de uma bola, jogar bola de gude, puxar um carrinho de madeira ou
plástico, brincar de se esconder, soltar pipa ou fazer o que bem desejar.
Dentro das casas, nos escondidos de tudo, certamente que jogam seus jogos
eletrônicos, se divertem nos computadores ou smartphones. Mas nada disso
considero brinquedo infantil. A tecnologia informatizada jamais irá suplantar o
cavalo do pau, a bola murcha, a tampinha de garrafa como jogador de futebol, a
peteca atiradeira, a boneca de pano, a casinha de boneca ou a roda de cirandar.
Também não há inovação tecnológica que traga a alegria da correria, o prazer de
estar debaixo da lua ou do sol, a sensação maravilhosa de ser apenas criança.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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