Rangel Alves da Costa*
Não há como negar: a
vida é Eclesiastes, tudo é Eclesiastes. Diz o livro da sapiência bíblica: “Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há
tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que
se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de
edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de
dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar,
e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de
guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar
calado, e tempo de falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e
tempo de paz”. E por ser verdade, porque há um tempo para tudo, e não adianta a
pessoa tentar reverter tal percurso, então surge a importância da serenidade. E
o que é a serenidade senão manter uma feição comedida ante as mais diversas
situações da vida? Ora, se o Eclesiastes diz, por exemplo, que depois da
alegria vem a tristeza, depois do sofrimento vem a alegria, certamente que
haverá uma ruptura de sentimentos. E para que assim não ocorra ou que a pessoa
deixe de aproveitar a vida por medo do amanhã ou do instante seguinte, deve-se
conviver com serenidade: ter, mansamente, tranquilidade a cada momento. E não
evitará o espanto.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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