*Rangel Alves da Costa
L. apenas. Mas você bem sabe que L. é você,
pois a primeira letra no seu nome. Escreveu o rapaz tomado de espanto consigo
mesmo.
Por ser nome composto, há um nome bonito após
esse prenome tão belo. E ele quase escreve o nome inteiro dentro de um coração
desenhado num canto da folha.
E prosseguiu com sua letra miúda: E hoje, em
meio às saudades, revi a sua fotografia. Não que eu a tenha guardada, mas por
que surge como um brilho diferente nas viagens feitas pelo Facebook.
Acho você tão bela L., que sempre duvido se
estou avistando uma mulher ou uma deusa. Lembro-me agora que certa vez eu tomei
coragem de dizer isso mesmo no seu Messenger. Lembra?
Você não disse nada. Quer dizer, não
respondeu com palavras, mas com um coração tão grandiosamente pulsante que me
deixou sonhando quase uma semana. E talvez tenha este coração que me tenha
esperançado tanto.
De outra feita, perguntei apenas “como vai”.
Uma pergunta simples, porém tencionando que de repente surgisse outro coração
igual aquele. Mas você nada respondeu no momento, apenas no dia seguinte.
Recordo bem as suas palavras: Você deve estar
melhor do que eu, pois vi seu retrato com namorada. Apenas isso. E logicamente
sem qualquer coração.
Havia mesmo um retrato meu acompanhado de uma
menina. Mas nem sei por que estava ali, por que havia sido postado.
Entristecido, sem saber o que fazer diante de tal situação, apenas silenciei.
Silenciei, porém todos os dias, senão a todo
instante, procuro pelo Facebook e até abro sua página para encontrar seu
retrato. Vários, muitos, diversos, e cada um mais bonito que o outro. Então
resolvi fazer diferente.
Novamente pelo Messenger, uma nova mensagem
em poucas palavras: Estou com saudade, como vai? E eis a resposta dela: É fácil
procurar quando se está sozinho. Você agora deve estar sozinho, não é?
Estou, sempre estive, foi o que eu disse em
seguida. E disse mais: Você não vai acreditar, mas tenho vinte e dois anos de
solidão. E esta é minha idade.
Novamente o silêncio angustiante por parte
dela. Enviei outras mensagens, talvez dez, talvez mil, mas a nenhuma ela
respondeu. Então hoje resolvi fazer diferente.
Não sou poeta, mal sei escrever, mas tomei
coragem e escrevi uma canção para ela, cujo nome é precisamente “Uma canção
para L”. E diz assim:
“Menina, menina bonita, o que nos separa é a
incompreensão do que somos e do que desejamos ser.
Somente o amor poderá nos fazer compreender o
que somos e o que desejamos ser. E se a dúvida persistir, que nós mesmos,
juntinhos um do outro, possamos compreender o que queremos.
Eu sei o que quero antes de querer muito
mais. Quero você. E você? Não peço que me queira agora. Não quero que me diga
sim agora. Responda com aquele coração. Apenas. E então estarei ouvindo sua
voz”.
E depois de escrever, o apaixonado traiu a si
mesmo e escreveu abaixo: Te amo Larissa!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário