*Rangel Alves da Costa
Jamais esperei unanimidade de aceitação em
nada. O grande Nélson Rodrigues já dizia que toda unanimidade é burra. Mas é
difícil que a maioria que aceita seja apenas por interesse próprio, e não se
pautando pela razão ou pela coerência. Sou ruim se não falo mal do prefeito.
Sou ruim se critico o prefeito. Sou ruim se não digo se o prefeito é bom ou
ruim. Sou ruim se ajudo os meninos da Banda Marcial. Sou ruim se não estou nem
aí para o que ocorra com a banda. Sou ruim se não me posiciono sobre a questão.
Sou ruim se luto pela cultura. Sou ruim se não faço mais pela cultura de Poço
Redondo, meu berço de nascimento. Sou ruim se minhas verdades vão de encontro a
alguns interesses. Enquanto outros regozijam pelo que acertadamente falo ou
escrevo. Desse modo, nunca há como ser bom. Mas sempre há como ser ruim.
Dependendo do lado, de repente sou bom e de repente sou ruim. Mas sempre vou ser
ruim. O que é bom pra mim? Tanto faz que me achem bom ou ruim. Não sou de meias
palavras nem de covardias e sendo de minha consciência, tanto faz que me achem
bom ou ruim!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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