*Rangel Alves da Costa
Dias atrás Lula visitou o Nordeste e pelas
redes sociais o que mais se lia era o chamamento para ir receber o “pai da
pobreza”. Ontem li alguma coisa interessante neste sentido, onde uma jovem
dizia: “Sou pobre, mas Lula não é o meu pai não”. Achei interessante por que
aqueles que criaram a simbologia do “pai da pobreza” sequer imaginaram o quanto
tal expressão pode significar.
Ora, ser pai da pobreza é ser o responsável
pela pobreza, é ser o guardião da pobreza, é ser o comandante da pobreza. Ser
pai da pobreza é ser aquele que semeia entre os seus os restos daquilo que ele
mesmo tirou, é tentar proteger na lábia e na esperteza aqueles que o próprio
dito pai deixou desprotegidos e desalentados.
Como pai da pobreza, o Lula se mostrou um pai
negligente, irresponsável, deixando na mais absoluta miséria aqueles que viam
na sua paternidade um futuro melhor. Mas o que aconteceu? O pai da pobreza enriqueceu
alguns e a si próprio e simplesmente abandonou suas crias aos desvãos da crise
por ele mesmo criada.
Mas hoje seus defensores, com as incoerências
próprias dos fanatismos, simplesmente alardeiam a sua paternidade como algo
bom. Querem fazer com que a população imagine ser o forjado pai um salvador da
pátria para todos, querem mostrá-lo como a única pessoa que pode trazer a plena
felicidade ao brasileiro.
Passam uma ideia de que ser pai da pobreza é
ser aquele que coloca comida na mesa, que tudo faz para que os carentes e
necessitados tenham o que for necessário à sobrevivência. Transmitem a ilusão
de que somente através de sua paternidade acabará toda a miséria, toda a
precisão, toda a carência do brasileiro. Mas esquecem de dizer - ou
propositalmente omitem - que foi o tal pai de toda necessidade que aumentou a
pobreza do brasileiro.
Como diz a letra de “Vozes da Seca”, na voz
de Luiz Gonzaga, “mas doutô uma esmola a homem que é são, ou lhe mata de
vergonha ou vicia o cidadão...”. E foi, pois, com a ilusão da esmola que o dito
“pai da pobreza” viciou uma população inteira a não querer trabalhar. E hoje,
quando o país se mostra precipício abaixo por causa do petismo, a carestia bem
acima de qualquer ganho, mostra o quanto foi iludido e acomodado na pobreza. E
está cada dia mais pobre.
Mas nada mais verdadeiro em reconhecer o
ex-presidente como pai da pobreza. Ora, foi a partir de seu governo que o
Brasil passou a ser um país das ilusões e ter por consequência a miséria de
hoje. Por mais que se diga que a partir de seu governo os programas de esmolas
oficiais tenham alcançado milhões de brasileiros, foi também depois de seu
governo que o país começou a afundar.
Quando Dilma assumiu o buraco já estava tão
fundo que somente sendo uma petista para tentar encobrir a todo custo o abismo
econômico já existente. Era tamanho o mundo de fantasia que se imaginava estar
vivendo na nação mais rica e próspera do mundo. Até que o tempo viesse cobrar
sua conta. E o custo maior disso foi o declínio total da economia e o
crescimento da pobreza pelos diversos níveis da população.
A situação atual do Brasil, como um país em
frangalhos, uma economia paupérrima e uma sociedade cada vez mais pobre se deve
ao governista petista, e desde Lula. Daí que, efetivamente, ele é o pai da
pobreza, pois tendo gestado a miséria e o desalento que hoje se tem na maioria
da população brasileira.
Ainda segundo alguns, se ele é o pai da
pobreza, igualmente é a mãe da miséria, da corrupção, de tudo o que está neste
Brasil de agora. Tudo está assim por que foi semeado. E quem semeou foi a
esperteza daqueles que viciaram na esmola e depois tomaram todo o país para si.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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