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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O PAI DA POBREZA?


*Rangel Alves da Costa


Dias atrás Lula visitou o Nordeste e pelas redes sociais o que mais se lia era o chamamento para ir receber o “pai da pobreza”. Ontem li alguma coisa interessante neste sentido, onde uma jovem dizia: “Sou pobre, mas Lula não é o meu pai não”. Achei interessante por que aqueles que criaram a simbologia do “pai da pobreza” sequer imaginaram o quanto tal expressão pode significar.
Ora, ser pai da pobreza é ser o responsável pela pobreza, é ser o guardião da pobreza, é ser o comandante da pobreza. Ser pai da pobreza é ser aquele que semeia entre os seus os restos daquilo que ele mesmo tirou, é tentar proteger na lábia e na esperteza aqueles que o próprio dito pai deixou desprotegidos e desalentados.
Como pai da pobreza, o Lula se mostrou um pai negligente, irresponsável, deixando na mais absoluta miséria aqueles que viam na sua paternidade um futuro melhor. Mas o que aconteceu? O pai da pobreza enriqueceu alguns e a si próprio e simplesmente abandonou suas crias aos desvãos da crise por ele mesmo criada.
Mas hoje seus defensores, com as incoerências próprias dos fanatismos, simplesmente alardeiam a sua paternidade como algo bom. Querem fazer com que a população imagine ser o forjado pai um salvador da pátria para todos, querem mostrá-lo como a única pessoa que pode trazer a plena felicidade ao brasileiro.
Passam uma ideia de que ser pai da pobreza é ser aquele que coloca comida na mesa, que tudo faz para que os carentes e necessitados tenham o que for necessário à sobrevivência. Transmitem a ilusão de que somente através de sua paternidade acabará toda a miséria, toda a precisão, toda a carência do brasileiro. Mas esquecem de dizer - ou propositalmente omitem - que foi o tal pai de toda necessidade que aumentou a pobreza do brasileiro.
Como diz a letra de “Vozes da Seca”, na voz de Luiz Gonzaga, “mas doutô uma esmola a homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...”. E foi, pois, com a ilusão da esmola que o dito “pai da pobreza” viciou uma população inteira a não querer trabalhar. E hoje, quando o país se mostra precipício abaixo por causa do petismo, a carestia bem acima de qualquer ganho, mostra o quanto foi iludido e acomodado na pobreza. E está cada dia mais pobre.
Mas nada mais verdadeiro em reconhecer o ex-presidente como pai da pobreza. Ora, foi a partir de seu governo que o Brasil passou a ser um país das ilusões e ter por consequência a miséria de hoje. Por mais que se diga que a partir de seu governo os programas de esmolas oficiais tenham alcançado milhões de brasileiros, foi também depois de seu governo que o país começou a afundar.
Quando Dilma assumiu o buraco já estava tão fundo que somente sendo uma petista para tentar encobrir a todo custo o abismo econômico já existente. Era tamanho o mundo de fantasia que se imaginava estar vivendo na nação mais rica e próspera do mundo. Até que o tempo viesse cobrar sua conta. E o custo maior disso foi o declínio total da economia e o crescimento da pobreza pelos diversos níveis da população.
A situação atual do Brasil, como um país em frangalhos, uma economia paupérrima e uma sociedade cada vez mais pobre se deve ao governista petista, e desde Lula. Daí que, efetivamente, ele é o pai da pobreza, pois tendo gestado a miséria e o desalento que hoje se tem na maioria da população brasileira.
Ainda segundo alguns, se ele é o pai da pobreza, igualmente é a mãe da miséria, da corrupção, de tudo o que está neste Brasil de agora. Tudo está assim por que foi semeado. E quem semeou foi a esperteza daqueles que viciaram na esmola e depois tomaram todo o país para si.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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