*Rangel Alves da Costa
Tô virado na moléstia, na gota serena mermo.
Num é que o frebento num tem o que fazê e se dana a dizê que o povo sertanejo
escreve errado, que vive nos erros do portugueis, que todo mundo devia ser dotô
igual a ele que nunquinha foi nadica de nada. Se arrespeita cabra, arrespeita
os outo tomem. Quem chegou arribado no sertão num pode falá do sertanejo não.
Respeito é bom e nóis gosta. E se tiver achano ruim pegue um gato e se azunhe,
se avexe pela merma estrada que veio e chispa daqui. Mai quem já se viu rato se
abancá de preá. Nóis fala e escreve assim mermo. Além de falá e escrevê do
jeito que a gente sabe e quer, nóis tomem sabe ensiná o caminho de vorta a
cabra forgado e acostumado a desfazê dos outo. E com uma quente e outa
frevendo. Entonce continue ansim, que é pa vê se vosmicê sabe com quantos pau
se faz um cangaia. MAS SE PRECISA SABER, O ANEL DO SERTÃO NÃO CABE NO SEU DEDO
NEM A FORMAÇÃO DO SERTANEJO CABE NO SEU POUCO CONHECIMENTO. A NOSSA SABEDORIA É
TÃO ÚTIL E VERDADEIRA QUE JAMAIS SE REBAIXARIA A TAMANHA MEDIOCRIDADE.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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