*Rangel Alves da Costa
Da porta adiante, apenas o silêncio e a paz.
Da cúpula abaixo e arredores, apenas o silêncio e a paz. Sim, todo o silêncio e
toda a paz no silêncio das catedrais. Tenho, temos motivos para querer assim.
Tenho, temos necessidade de que aconteça assim. Todos nós precisamos do
silêncio, do mais profundo silêncio, nas igrejas e nas catedrais. Que os coros
angelicais cheguem em asas e voos, que as vozes santas sejam ouvidas em brados,
que os mistérios tantos ecoem em palavras e cantos. Mas que intimamente nada retire
a mudez desse tão precioso silêncio. Sem padre, sem bispo, sem vigário. Sem
beatas em palavras. sem os cantos e as orações, sem sinos nem músicas, sem
nada. O silêncio, apenas. E neste a meditação, a reflexão, a profunda oração, o
encontro com o Deus que sempre estará ao lado para ouvir nossas súplicas,
nossos medos, nossas dores, nossas tristezas, nossos agradecimentos, nossas
felicidades. Que caiam lágrimas, que a boca tremule, que as mãos se apertem
contra si mesmas. Mas em tudo o silêncio. Para depois a voz da mente e do
coração dizer: ouço a verdade. A minha verdade e a sagrada verdade.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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