*Rangel Alves da Costa
A doença petismo é mal incurável. Não que não
exista remédio, vez que bastaria que os seus portadores desejassem se curar,
mas por que se afeiçoa a um fim consentido e premeditado. O petismo prefere
sucumbir a aceitar o erro. O petismo prefere o completo exaurimento a fazer uma
autocrítica. O petismo prefere afundar de vez a pegar na mão salvadora da
verdade. O petismo prefere morrer a tentar refazer-se, prefere sucumbir pelos
próprios erros a reconhecer que fracassou nos seus objetivos de poder e dominação.
Para o petismo, por exemplo, todo petista acusado ou já condenado é mártir, é
santo, é de sagrada honradez. É uma doença ou não é? E o pior é que na doença
petismo há uma síndrome mais irreversível ainda, mais cruel e devastadora: o
lulismo. Aquele contagiado pelo lulismo logo se torna em sinônimo de negação de
tudo, de si mesmo, da realidade, da justiça, do mundo ao redor. Só lhe chega
como verdade a ilusão, a fanática utopia, a contramão de toda a realidade
existente. É como um fantasma levantado do túmulo de Antares (da obra de Érico
Veríssimo) a esbravejar contra tudo e todos, pois o seu ídolo de barro está
sendo despedaçado pelo sopro das asas da borboleta, de tão fragilizado que é.
Pisa sobre o pó dos restos e ainda esbraveja estar diante de um deus. Não há
cura para um mal assim.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Um comentário:
Sem dúvida, uma doença incurável, que transforma suas vítimas naqueles zumbis dos filmes de terror.
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