*Rangel Alves da Costa
Hoje, relendo escritos meus, eis que encontro
um poema com estrofe dizendo assim: “E ela foi menina para sempre e sorriu para
sempre, pois seu sorriso de menina jamais foi esquecido...”. Logo me lembrei de
Arina, a Arina bela e sorridente, a Arina moça feita e ainda menina. Depois me
veio a certeza: Ninguém vai esquecer Arina! E ninguém vai esquecer Arina por
muitos motivos. Não pela tristeza do acontecido, mas pela grandiosidade da
própria Arina. Nela, eis o exemplo maior de uma flor que o outono não conseguiu
murchar após desabrochar. Aquela flor de Arina e em Arina vai continuar sempre
a mais bela flor. Sintam isso na recordação de agora: Arina está sorrindo,
Arina está bela, Arina está perfumada e cheirosa, Arina parece florindo em
jardim. Há que se pensar nela de modo diferente? Quem a recorda senão
relembrando a beleza, a ternura, a meiguice da idade, a palavra em verso, a amiga
tão presente e sempre cheia de contentamento? Por isso que a menina de Rose
ainda está com Rose. Rose chorou, Rose sofreu, mas hoje a presença de sua Arina
não chega como dor, e sim como flor. Assim também com seus familiares e amigos.
Por isso ninguém vai esquecer Arina. A menina de Rose viveu tanto e representou
tanto na sua idade que sua alegria e vivacidade continuarão para sempre. E é
assim que ela deve ser recordada: um belo e bondoso espelho que ainda está
entre nós.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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