*Rangel Alves da Costa
Não estou juntinho, com lábio no seu lábio
alado, não posso partilhar do calor do abraço, pelo calor da paixão devorado,
não posso estender minha mão em carinho, não posso amar e sonhar lado a lado,
mas em pensamento levo um buquê florido, da mais linda rosa pelo amor
perfumado, para enfeitar a noite do meu bem. Meu bem, meu bem, que a meu
coração faz tão bem. Mesmo na distância e mais além, nos trilhos da saudade
pelo apito do trem, hei de correr e voar a procura de alguém, e chegar com o
buquê que o meu peito retém e só para enfeitar a noite do meu bem. E quando o
meu voo eu alçar e para um afetuoso abraço ao teu lado pousar, direi de todo
amor sentido e do que haverei de amar. E deitá-la debaixo de estrelas para que
a lua cante a velha canção: “Hoje eu quero a rosa mais linda que houver, e a
primeira estrela que vier, para enfeitar a noite do meu bem. Hoje eu quero paz
de criança dormindo, e abandono de flores se abrindo, para enfeitar a noite do
meu bem. Quero a alegria de um barco voltando, quero ternura de irmãos se
encontrando, para enfeitar a noite do meu bem. Ah, eu quero o amor, o amor mais
profundo, eu quero toda beleza do mundo, para enfeitar a noite do meu bem...”.
Meu bem, meu bem. Quem? Quem sabe um dia haverá de ser alguém.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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