*Rangel Alves da Costa
O cupim
faz a festa em Brasília. Sem madeira de lei, sem decência administrativa, sem
honestidade para julgar, sem dignidade para legislar, então o cupim faz a
festa. Desde muito que a ferrugem estraçalhou a força moral dos homens públicos
da nação. Desde muito que a capital federal vive somente o clima sombrio e
tenebroso de um outono sem fim: restos e vagas nos poderes abjetos e
lamacentos, escombros e frangalhos por cima das nobrezas de caráter que se
imaginava existir. Mas não foi o tempo que a tudo corroeu, foi homem público (o
deputado, o governante, o julgador, o legislador, o ministro, o secretário, o
assessor, tudo) que foi inapelavelmente se corrompendo. E onde não resta mais
probidade, caráter, honestidade, honradez, seriedade, somente restarão as
portas abertas para as mazelas de agora. Como bem cita uma postagem em rede
social: “Impossível é querer um Brasil de Primeiro Mundo tendo um Executivo do
Terceiro Mundo, um Legislativo do submundo e um Judiciário imundo”. A mais pura
verdade. Infelizmente - por mais que se esforce para ser patriótico - nada a
dizer desse país putrefato nas entranhas de seus poderes. Um Brasil de podres
poderes, apenas. Os exemplos estão aí, recentes, e não como há negar a vergonha
de ser brasileiro ante tamanha baderna.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário