*Rangel Alves da Costa
Será melhor a estrada envolta em pedestais ou
os caminhos seguidos por São Francisco de Assis? Naquela estrada o luxo, a
soberba, a ganância, a cobiça, a arrogância, o mundanismo, o exacerbado
materialismo. Neste caminho a singeleza da vida, a humildade das coisas, o
convívio amoroso com o ambiente e os seus seres. Naquela estrada a altivez, o
poder, o nome e o sobrenome em pompa, o formalismo da frieza nas relações.
Neste caminho apenas o voejar do pássaro, a dança da borboleta, o rasante do
colibri, a passagem da folha ao vento, o perfume da brisa do entardecer, uma
sublime luz que emoldura a paz. E você, seguirá pela estrada ou pelo caminho? E
você, se dobra em reverência ao homem e seu egoísmo ou a Francisco e ao seu
pássaro de companhia? Na resposta, a diferença entre a escuridão e a luz, entre
o grito e o silêncio, entre as dores ocultas e a paz interior. Haveremos de
recordar Francisco seguindo pelo caminho. Haveremos de tê-lo em mente na
companhia de pássaros, flores e animais. Haveremos de avistá-lo ainda sorrindo
e brincando com os seres da natureza ao redor. Haveremos de encontrá-lo ainda
dialogando com o pássaro pousado em seu ombro, e dizendo: Senhor, fazei-me
instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; onde houver
ofensa, que eu leve o perdão; onde houver discórdia, que eu leve a união; onde
houver dúvida, que eu leve a fé; onde houver erro, que eu leve a verdade; onde
houver desespero, que eu leve a esperança; onde houver tristeza, que eu leve a
alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, fazei que eu procure
mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser
amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo
que se vive para a vida eterna.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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