*Rangel Alves da Costa
Além dos sofrimentos causados pela seca que
se prolonga desde mais de quatro anos, o povo sertanejo do sertão sergipano,
principalmente no município de Poço Redondo, tem de suportar a igualmente
duradoura falta de água nas torneiras. É um descalabro total, um absurdo
indescritível, que a estatal fornecedora de água trate o sertanejo de forma tão
abjeta e desprezível. Dia após dia, noite após noite, e quando se abre a
torneira em busca de pingo d’água nada é encontrado. O serviço no abastecimento
de água sequer pode ser tido como deficiente, pois totalmente imprestável. Não
se admite – sob qualquer justificativa – que uma empresa que exige o pagamento
em dia das faturas não dê a contrapartida na prestação eficiente de serviços.
Mas tal situação se inverte à medida que é feito corte no fornecimento por
falta de pagamento, mesmo não havendo qualquer tipo de fornecimento de água
encanada. E assim as misérias sertanejas vão se alastrando pela desvalia do
clima e da incúria do homem. E uma situação angustiante e dolorosa que é
tratada com negligência e omissão pelos que têm o dever de resolução do
problema. Mas chegam as eleições, chegam as promessas, as enganações, e assim
tudo continua.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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