*Rangel Alves da Costa
Talvez o
amor necessite ser reinventado como um kama sutra moderno. Não mais acrobacias
sexuais, posições estrambólicas de fazer amor, invencionices mirabolantes no
prazeroso leito, mas amar de forma tão profunda como não se ama mais. Que tal
um manual do amor, do desejo e do sexo, onde o ato em si possua menos valia que
a intenção de agradar a quem se ama? Assim, a reinvenção do amor kama sutra
envolveria levar flores ao leito da pessoa amada, servir delicioso café ali
mesmo na borda da cama, derramar sobre o corpo mil pétalas perfumadas, deixar
rente ao travesseiro um presentinho singelo, perfumar o quarto com o aroma mais
apreciado pela pessoa amada, enfim, demonstrar todo o querer, todo o prazer e
todo o desejo, sem que seja somente através do sexo. O sexo sempre é
consequência daquilo que cordial e amorosamente foi antecedido. E quanto mais a
pessoa perceber que está sendo amada - e não simplesmente usada - maior prazer
sentirá. E mais prazer compartilhará, em inesquecível retribuição.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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