SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



sábado, 17 de junho de 2017

Palavra Solta – alvorada festiva (com fogos e nostalgia)


*Rangel Alves da Costa


Hoje, sábado, acordei ouvindo a Corporação Musical Alcino Alves Costa entoando canções sertanejas bem defronte ao Memorial que leva o nome de meu pai, Alcino Alves Costa, o qual eu administro na cidade sertaneja de Poço Redondo, estado de Sergipe. Novamente ouvir tão bela alvorada me causou um misto de encantamento e nostalgia. Ouvir os fogos anunciando a passagem da banda pelas ruas da cidade em direção ao Memorial, também causou uma profunda saudade. Saudade interiorana de outros tempos, dos bucolismos matutos que fazem tanta falta nos dias de hoje. E a banda em si, hoje tão rara por todo lugar, surge na aurora como se ainda estivéssemos em outros, num passado muito melhor. A alvorada de hoje foi apenas mais uma das tantas que sempre foram feitam em homenagem ao meu pai no dia de seu aniversário, em 17 de junho, mês junino e de alegria por todo o sertão. Mas desde mais de quatro anos que o meu pai faleceu, fato, contudo, que não silenciou a banda nem as homenagens. Mesmo com sua partida, todo ano há alvorada no dia de seu natalício. Hoje seriam 77 anos. Mas todo o Poço Redondo, através da banda, amanheceu prestando homenagens àquele tanto amou seu sertão.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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