*Rangel Alves da Costa
No dia 22 de julho passado, no Museu do
Gonzagão, durante os eventos do Cariri Cangaço Exu/Serrita 2017, a jovem
vereadora do município de Floresta Bia Numeriano, anunciou que tramita na
câmara municipal deste município, de sua autoria, um projeto de concessão de
título de cidadão florestano a Manoel Severo Gurgel Barbosa.
Certamente será mais uma merecida homenagem a
este homem que mesmo tendo nascido em Fortaleza, no Ceará, já traz no seu histórico
os títulos de Cidadão do Crato (Ceará), de Missão Velha (Ceará), de Piranhas
(Alagoas) e tantas outras prestigiosas honrarias. A par de seus ofícios
profissionais, Manoel Severo passou a ser conhecido como membro da SBEC (Sociedade
Brasileira de Estudos do Cagaço), do GECC (Grupo de Estudos do Cangaço do
Ceará) do GPEC (Grupo Paraibano de Estudos do Cagaço) e do GFEC (Grupo
Florestano de Estudos do Cangaço), mas principalmente como fundador e curador
do Cariri Cangaço.
Desse modo, tudo o que se diga aqui será como
referência ao Manoel Severo múltiplo, imenso, grandioso, envolto e onipresente
em tudo que diga respeito ao estudo do cangaço e dos fenômenos sociais e
messiânicos nordestinos. E assim por que através de Severo o estudo, o debate e
a compreensão de tais vertentes históricas e culturais, ampliaram-se e
disseminaram-se de tal modo que será possível afirmar que o nordestino enfim
está encontrando e conhecendo o seu verdadeiro Nordeste.
Difícil de falar sobre Severo a partir da
fixação de sua imagem. Ele nunca para, ele nunca está no mesmo lugar no
instante seguinte, ele nunca descansa enquanto o programado não estiver a
contento. Difícil ainda imaginar como um homem agenda em sua mente e no seu dia
a dia tantos encontros, tantas reuniões, tantas viagens de trabalho, tantos
acertos e parcerias. E tudo sempre dá certo, tudo produz maravilhosos
resultados. Exemplo disso são os eventos do Cariri Cangaço e os seus pormenores
que os antecedem. Um Hércules, esse Severo!
E Severo ainda tem tempo de ser amigo, um
fiel e extremamente amigo. Não há instante em que ele não dê imediata resposta
a uma dúvida, a um problema, a um contato qualquer. Neste momento mesmo, sem
haver descansado da imensa e longa jornada do último Cariri Cangaço, ele já
está mantendo preciosos contatos para os próximos eventos. Significa dizer que
Severo assimilou de tal modo o Cariri Cangaço à sua vida que pelas suas veias e
coração já correm e pulsam todos os sóis encourados das caatingas nordestinas.
Severo também foi grande e fiel amigo de meu
pai Alcino Alves Costa. E Severo também é amigo do filho de Alcino, da família
de Alcino, de Poço Redondo, de todo o sertão sergipano. Cada vez que o ouço
citando o Conselho Consultivo Alcino Alves Costa e relembro que seu peito
brilhou uma comenda de nome Alcino Alves Costa - esta outorgada pela SBEC -, é
como se a permanência e valorização de Alcino também fosse também um atributo
seu. Obrigado, Severo!
E também obrigado por proporcionar ao
Nordeste aquele outro Nordeste que precisa ser muito mais conhecido. Obrigado
por preencher na História as lacunas para o seu entendimento maior. Obrigado
por trazer à discussão e ao debate novos conceitos e novas vertentes sobre
velhos dogmas até então tidos como irrefutáveis. O Cariri Cangaço, Severo,
mostra-se, sem dúvidas, como o verdadeiro e primoroso livro aberto ao
conhecimento de todos. Através do Cariri Cangaço há não somente o encontro da
história como o caminhar, o visualizar, a aproximação da própria história.
Orgulha-me ser seu amigo, Severo. E em nome
de Alcino, de seus familiares e de todo o Poço Redondo, e também de toda a
comitiva que presente esteve no Cariri Cangaço Exu/Serrita 2017, dizer do
agradecimento à acolhida de todos nas terras gonzaguenas e jacozeiras. E dizer
ainda: Poço Redondo é seu. De braços abertos!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Um comentário:
Bravo !!!
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