SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Voz do vento (Poesia)

Voz do vento


Tarde entardecida
de vermelho paixão
vento apressado
espalhava minhas cartas
me via feliz
e seguia adiante

um dia
numa tarde
de tarde entristecida
vento veio e passou
nenhum poema esvoaçou
não me viu feliz
e não seguiu adiante

pó, poeira
redemoinho e esvoaçar
o vento uiva e grita
balança a tristeza
sacode a vida
e depois vai embora
buscando a felicidade

era a voz do vento
me ensinando a soprar
o vendaval do momento
espalhando pra bem longe
a solidão e a dor
criando asas no tempo
e indo atrás do amor.


Rangel Alves da Costa

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