Medo
Temo um dia ter
de viver
com o amor vivo
na memória
em retrato
guardado em estante
em poesia
escondida num livro
temo que o amanhã
do amor
seja de saudades
e recordações
seja de
revivências e lembranças
de cartas
molhadas em lágrimas
temo envelhecer
pensando amar
e o amor que
pensei ter amado
mostrar-se na
face cruel da ilusão
e nada mais
restar senão a solidão.
Rangel Alves da
Costa
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