Rangel Alves da Costa*
As diferenças existem para diversificar. Não
haveria sentido se todos gostassem da mesma coisa, tivessem as mesmas opiniões,
agissem no mesmo sentido. Tem gente que gosta de uva, já outros gostam de maçã,
alguns de jaca e outros de melancia. Tem gente que gosta de chuva e tem gente
que gosta de sol, gente que gosta de escuridão e gente que gosta do amanhecer.
Todos com sua razão. O gosto é pessoal, é íntimo, não cabe ao outro querer
impor mudanças. Gosto de sarapatel, mas tem gente que não suporta nem a visão
do prato. Não gosto de bife, prefiro lombo, mas outros já pensam exatamente o
contrário. Eu gosto de pessoas, de raças, de credos, de diversidades, mas tem
gente que não, pois prefere o preconceito e a discriminação. Tem homem que
gosta de mulher e mulher somente de homem. Talvez a normalidade da vida. Mas
não caberá censura aos que gostam de pessoas do mesmo sexo. Pensar diferente é
estar transgredindo a individualidade de cada um. O doido gosta da lua, da
pedra, da solidão. Tem gente que faz a mesma coisa, mas não gosta do que o
doido faz. Mas não adianta querer enxergar somente o que os próprios olhos
alcançam. O mundo é vasto demais e a vida grandiosa demais para ser minimizada
aos egoísmos e vaidades. Segundo o Eclesiastes, há um tempo para tudo: o agora
já será diferente mais adiante.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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