*Rangel Alves da Costa
Eu te amo. Incondicionalmente, te amo. Sem
retribuição, sem correspondência, sem a dádiva da medida sobre medida, do amor
sobre o amor, ainda assim te amo. E por que te amo e tanto te amo? Por desejo
do coração, simplesmente. Por um querer incontido, simplesmente. Por uma
profunda afeição, simplesmente. Por um destino acreditado e uma sina veraz,
simplesmente. Sim, choro, sofro, padeço, pranteio e lamento. Sim, sinto
aflições e saudades, sinto perecimentos e agruras. Mas nada impede de amar e
mais amar. O não ter não deixa de ser uma perspectiva, uma possibilidade, uma
esperança. O não estar ao lado não significa distância, perda, impossibilidade.
Nunca ouve um sim e depois um não. Nunca houve um abraço e depois um adeus.
Nunca houve a saudade de um beijo dado no lábio agora ressequido. Nada disso
houve, mas há amor. E há amor por que amar não significa estar sendo amado. Há
amor todas as vezes que se ama, incondicionalmente e sob qualquer perspectiva
de um dia ter ou não a retribuição. E é um amor assim que amo e tanto amo. Por
isso eu te amo...
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário