Da
aldeia aos caminhos do mundo
Ainda vejo-me no tracejar da vida
partindo de minha distante da aldeia
caminhando por terras desconhecidas
até chegar numa casa sem porta
num interior sem sombra e sem voz
e ali ter de repousar em busca de saída
o meu povo chorou quando parti
o meu povo talvez soubesse de tudo
por isso estou com saudade do meu povo
e a minha lágrima se resguarda aflita
para chorar a alegria daquele meu povo
quando eu aparecer novamente na estrada
por desilusão o mundo me fez caminhar
mas que mundo é este de nada encontrar?
o meu povo me pediu para não partir
mas neguei a raiz e neguei a semente
e cheio de ilusão pensei em ter outra vida
sem saber que toda a vida vive na aldeia.
Rangel Alves da Costa
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