*Rangel Alves da Costa
O jogo
acabou antes da hora marcada. Muitos não retornaram aos vestiários, mas subiram
aos céus. O povo catarinense hoje amanheceu aos brados, não por um grito de gol
da Chapecoense, mas pelo repentino adeus de quase toda sua equipe de futebol. O
Brasil, emissoras de rádio, canais televisivos de esporte, todos igualmente
estarrecidos com o lamentável acidente nos espaços colombianos. Faleceram
jogadores, membros da comissão técnica, dirigentes, jornalistas, narradores e
locutores, tripulantes. Um apito final antes da hora, uma derrota inesperada,
uma despedida dos gramados da terra. Há que se chorar a dor de um povo, há que
se lamentar a perda de tantas vidas, há que se prantear esse tão duro revés no
esporte. A equipe ia exatamente disputar a primeira partida da final da Copa
Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Não entrou em campo, subiu na nuvem,
deixou entre nós um troféu de luto. Que tristeza Chape, que lágrima tão
verdadeira de um povo que somente agradece pela sua tenacidade no campeonato da
vida. Morrestes, não! Deus te consagrará na vitória eterna!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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