*Rangel Alves da Costa
Não há como pensar diferente nem como dizer
de outro modo: a imoralidade do judiciário já está passando dos limites. Um
poder que deveria ser a máxima exemplificação de legalidade nos próprios atos,
de moralidade nas suas ações e de respeito perante toda sociedade, se
desconhece nos próprios limites e atribuições e passa a agir de modo afrontoso
à sociedade. Ora, absurdo se falar em auxílio-moradia e nos tetos
estabelecidos, aberração se falar em educação de filhos dos magistrados com
dinheiro público, contrassenso se verificar os acúmulos salariais mensalmente
inseridos em cada contracheque, sem falar em tantos outros abusos e absurdos. E
pasmem: auxílio-moradia até mesmo para quem reside na sua comarca, ou seja,
para o magistrado que não tem de passar três dias na semana noutro lugar. Sim,
apenas três dias por semana, quando muito, pois muitos deles só trabalham de
terça a quinta. A maioria dos fóruns interioranos já é projetada e construída
com apartamento funcional tanto para o juiz como para o promotor. O tribunal
fornece desde o alimento propriamente dito aos demais custos, incluindo
deslocamentos. Ademais, quando os salários dos magistrados são reajustados, os
valores são sempre acima daqueles índices previstos para a maioria das classes
trabalhadores. E ainda acham que juiz não pode pagar escola de filho, que não
tem dinheiro para nada. E o que dirá o povo, aquele povo de salário mínimo ou
que se sustenta no ganha-pão do subemprego?
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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