Depois
do sol
Quando o sol
virou fogo e brasa
o velame chorou
eu também chorei
o tanque secou
eu também sequei
bela flor murchou
eu também murchei
quando a terra
se fez coivara viva
o pote faltou água
com sede eu fiquei
o broto esturricou
e fome eu passei
o povo em procissão
e eu me ajoelhei
quando o trovão
ao longe ribombou
cheio de esperança
o sertão logo acordou
parecendo em sonho
o povo caminhou
com semente à mão
e o amanhã semeou.
Rangel Alves da Costa
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