*Rangel Alves da
Costa
O presente
texto é apenas um aprimoramento de outro recentemente publicado neste espaço (A
esquerdopatia e os esquerdopatas), e dessa vez ajustado na tentativa de afastar
sua identificação como “um texto pesado, porém verdadeiro”, segundo se
expressaram alguns leitores. No restante, a integralidade nas ideias, segundo
as noções transcritas.
Uma doença
- mais afeiçoada a um transtorno causado por grave desvio de personalidade - se
alastra de forma assustadora: a esquerdopatia. Seu conceito: patologia
provocada pela não aceitação da realidade após a perda da dominância, com
impulsos obsessivos de defesa do indefensável, além de perigosas tendências de
reprimir as perdas através de fanatismos e alucinados ataques contra tudo e
todos que não sejam portadores da mesma doença ou não façam parte de suas
quimeras ideológicas. Seu delírio mais contumaz: É golpe! Sua mais completa
alucinação: Fora, Temer!
Para
conhecer melhor a definição de esquerdopatia, urge destrinchar sua
nomenclatura. Originária do sufixo “patia”, que sempre traz a ideia de doença,
seu prefixo denota “esquerda”, ou seja, direção oposta, que numa junção de
termos forma a esquerdopatia, também conhecido como esquerdismo doentio. Lênin
já havia previsto essa morbidez ideológica no seu ensaio “Esquerdismo, doença
infantil do comunismo”. É também denominada ultraesquerdismo. A ultraesquerda é
considerada, assim, a base dos esquerdopatas, indivíduos ideologicamente fanáticos
e que, em muitos casos e no caso brasileiro, chegam a ultrapassar os limites de
seus próprios ideais políticos.
Noutra
acepção, tem a esquerdopatia como uma espécie de doença que leva a negação de
qualquer conquista que não seja proveniente de sua ideologia, ao extremismo
partidário e à cegueira da verdade real. A esquerdopatia situa-se ainda como um
estágio mais crítico das moléstias comportamentais pela perda do poder.
Constitui-se num doentio mundo ilusório, onde a única satisfação é culpabilizar
os outros pelos próprios erros, lutar com unhas e dentes para a destruição do
que vem sendo construído, assenhorear-se do senso de vítima para praticar todos
os tipos de atrocidades.
O portador
de esquerdopatia afeiçoa-se muito ao lobo em pele de cordeiro, ao medroso que
só age de emboscada. Raivoso igual a cão doente, mas só morde através dos
outros. Inconformado e prometendo revirar o mundo, porém só age pela mão do
outro. Por isso mesmo que se manifesta através de pessoas sem noção crítica da
realidade, que não têm condições de se reconhecerem usadas, bem como aquelas
que levantam a voz e bandeiras sem ao mesmo saber o motivo de assim fazê-lo.
Suas principais
características são o inconformismo, pois teima em negar o que já está
comprovado; a fuga da realidade, pois vive num mundo onde só tem validade sua
visão partidária; o fanatismo, vez que seu faccionismo partidário chega ao
extremo de endeusar lideranças corruptas e até condenadas; o extremismo, pois,
através dos outros, utiliza de todas as armas possíveis para a
desestabilização; o interesse pessoal, considerando que, muitas vezes, todo o
inconformismo diz respeito à perda de benesses e de cargos.
A
esquerdopatia se manifesta e se alastra principalmente através da ignorância
dos outros. Quando mais a pessoa for jovem, cheia de vigor e de ilusões, mas
que não tenha entendimento insuficiente sobre as realidades, mais o esquerdopata
procura manipulá-la para a prática de ações que somente a ele e ao seu grupo
interessam. O esquerdopata faz assim nos movimentos sociais que ocupam estradas
e invadem prédios públicos, na ocupação de escolas, nas passeatas violentas.
Enquanto os outros agem, ele se mantém à distância, às escondidas, apenas
orientando na desestabilização da ordem pública e social.
As
primeiras descrições científicas sobre a doença são originárias da perda de
poder pela esquerda. Quando o principal partido político brasileiro da esquerda
chegou ao poder, seus partidários se mostravam apenas ansiosos para demonstrar capacidade
de transformação de seus líderes políticos perante a encastelada e conservadora
elite política brasileira. Mas ao passar a governar, logo ficou patente que os
suas principais lideranças possuíam uma mesma patologia: um acentuado desvio de
comportamento, com tendência cada vez maior à esperteza, à ilicitude e à
corrupção. Uma doença incurável para alguns.
Quando os
atos de corrupção perderam o controle e o poder da esquerda começou a
desmoronar, então a esquerdopatia começou a se manifestar entre os outrora
poderosos esquerdistas. Como não podiam mais defender seus desvios de
personalidade, seus anomalias comportamentais e suas ilicitudes, então passaram
a contra-atacar. Assim a esquerda, já sem poder e sem moral, não viu outra
saída senão tentar, a todo custo, desestabilizar a vida política e social.
Contudo,
como ainda assim nada conseguiu - e feito cão raivoso salivando ódio -, passou
a agir como em pequenas guerrilhas urbanas. Sobrevivendo somente dos ódios
acumulados pelas contínuas derrotas, os esquerdopatas vivem a cata de qualquer
desculpa para orientar a invasão de escolas, ocupação de órgãos públicos, para fazer
arruaças, transtornarem a paz social. Protestam contra a direção do vento,
contra o brilho da lua, contra tudo, e sempre esquecendo que um dia foi
governante.
O problema
maior é que, perante o afundamento sem volta da esquerda, o caminho da
esquerdopatia é se transformar em loucura, ainda que disfarçada. Aí só haverá
um remédio: a lei para colocar o insano em seu devido lugar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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