*Rangel Alves da Costa
Mylla me
enviou um retrato bem diferente dos costumeiros. Conheço bem a beleza de suas
fotografias. Ora sorridente, ora querendo me falar com o olhar e o corpo
inteiro, ou simplesmente para me trazer alguma boa recordação, mas sempre com
sua doçura e beleza. Mylla é bela, é linda, é meiga e suave. Quando quer ser,
logicamente. Outras vezes, contudo, é a flor espinhenta, uma noite sem lua, um
dia sem sol, mas nada que impeça de reconhecer e sentir saudade de sua beleza.
Mas ontem ela surpreendeu-me ao enviar um retrato diferente. Não havia sorriso
nem olhar de contentamento, apenas uma mulher pensativa, num gestual de doce
meditação. Pensando o que, Myllinha, refletindo sobre o que? Ela não me disse,
porém imagino um monte de coisas. Certamente já está com saudade e não gosta
que eu esteja distante. Certamente relembrando nossos momentos de amor e ódio,
de beijos e raivas, de abraços e desavenças. Quando eu penso em Myllinha logo
me vejo com sorriso no espírito e na alma. Mas Myllinha está belamente
meditativa. Não está triste não. Apenas sem aquele sorriso que tanto faz sorrir
o meu olhar. Quem dera estar diante de um calendário apenas contando os dias
para o nosso reencontro. E refletiremos juntinhos sobre as coisas mais doces e
belas da vida.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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