Alforje
Hoje na selva
de pedra e dor
falta-me o
alforje
de caçador
a sangria da
solidão
e jogar no
alforje
a tristeza e o
silêncio
esconder no
alforje
a lágrima e o
adeus
e arriar no alforje
a saudade sentida
e despejar no
alforje
os dias sem nada
e derrear no
alforje
e depois
de alforje cheio
voltar ao mundo
de onde vim
e lá chegando
despejar na mata
as mazelas tantas
e dizer que é
outra
a caça desejada
e encher de paz
o velho alforje
do velho caçador.
Rangel Alves da
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário