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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Palavra Solta - a permanência da fé


Rangel Alves da Costa*


Em tempos difíceis, tempos de negação, de pessimismos e descrenças, muitos abdicam mesmo da esperança, da fé, de tudo aquilo que lhe dê suporte espiritual para justificar a existência e para os enfrentamentos da vida. Em tempos assim, quando tudo se torna ao desvão, surgem as fragilidades, os sofrimentos, as tristezas, as angústias. Parece nada dar certo, e não dá mesmo, pois falta a chama que mantem acesa a própria vida. E tal chama está na fé, no acreditar, na religiosidade, na crença de uma força superior que nunca desampara. Contudo, muitos se afastam da fé sem atentar para suas consequências. O mundo urbano - sempre tão apressado, modista e impessoal - vai tornando o sujeito como ateu de si mesmo, vai levando o indivíduo a se valer somente dos acasos. E Deus, e a fé, e a religiosidade? Ora, Deus está naquele que sabe ter fé, que continua com fé, que faz da fé sua esperança e sustentáculo de vida. Não por acaso que as pessoas interioranas, principalmente nas regiões mais remotas, são mais felizes, mais esperançosas, mais crentes na possibilidade das grandes realizações. Simplesmente porque cativam e cultivam e cultivam a religiosidade, porque fazem da fé um instinto de permanência e uma necessidade constante do espírito e da alma.


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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