Amor de ontem (e de hoje)
A linda donzela passava
meu coração logo apertava
eu corria para o caderninho
o verso mais belo rabiscava
e ficava esperando o retorno
para não fazer mesmo nada
era envergonhado demais
rasgava o poema e entristecia
fazia promessa para amar um dia
e sonhava beijando a boca
rasgando a roupa faminto
possuindo o corpo impossível
da donzela que só esperava
um presente de maçã do amor
hoje envio poema e maçã
canto à janela a linda serenata
escrevo dois nomes nas nuvens
mando recados e fotografias
e quanto mais procuro agradar
com gestos de simplicidade
mais vejo ela passar debochando
sem olhar nem saber se existo
coisa de não mais acreditar
até que pensei em fazer diferente
comprar joias as mais reluzentes
mas sem saber se ela vai aceitar
será?
Rangel Alves da Costa
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