Tempo de abraço e flor
Os amores sumiram pela estrada
os doces encantos morreram ontem
o que restou aos amantes de agora
foi a desilusão de ter de aceitar
tanto amor sem nenhum amar
as janelas já se fecharam
não há moça bela ao entardecer
não há mais flor nem buquê
os versos amorosos envelheceram
dias sentimentais que morreram
era um tempo de abraço e flor
um tempo de cartinha escondida
maçã do amor e paixão sem fim
olhares que diziam de tanto amor
frutas de um pomar de tanto sabor
ontem vi uma poesia esquecida
desiludida num canteiro qualquer
hoje encontrei o afeto sem norte
um resto de abraço temendo a sorte
e o outono nas folhas do meu olhar.
Rangel Alves da Costa
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