Menino
Ah meu caminho
infinito
da infância ainda
ouço o grito
da infância ainda
o varal estendido
com o sonho
bonito não adormecido
e uma estrada se
mostrando ao olhar
e o medo de
seguir naquele caminhar
o temor de não
ter mais brinquedo
ou um brinquedo
de só fazer medo
tudo diferente do
cavalo de pau
e do boi de barro
no canto do quintal
a goiaba madura
ao amanhecer
a brincadeira de
tudo até o anoitecer
deixar para trás
a alegria e o sorriso
enfrentar adiante
um falso paraíso
mas o calendário
não podia esperar
e na idade o
vento voraz a soprar
ainda não aprendi
o que seja destino
mas sei que ainda
sou aquele menino.
Rangel Alves da
Costa
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