SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Que vida! (Poesia)


Que vida!


Que vida meu Deus!
um calango corre
um preá se esconde
um espinho desponta
uma planta resseca
e assim todo dia
lá no meu sertão

um barreiro seca
a lama endurece
o gado mugindo
a secura da palma
o menino faminto
o sol abrasando
e assim todo dia
lá no meu sertão

que vida meu Deus!
que vida meu Deus!
que vida amanhecida
nas durezas da vida!

Rangel Alves da Costa

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