Depois da viagem
Trago o meu alforje vazio
sem gota d'água no cantil
e ainda curando as feridas
das veredas de espinhos
no caminhar dessa vida
Sedento, faminto e cansado
sem ainda ter repousado
alguém vem me dizer
que nada mais tenho
quando eu só tinha você
Caminho me aceita de volta?
vida me aceita de volta?
dor me aceita de novo?
onde estão as algemas do mundo
e o açoite do povo?
Adiante, Deus sabe e eu não
alguém me dará um copo de água
e alimentará o coração.
Rangel Alves da Costa
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