Restos e vestígios
Disseram que o amor acabou
alguém a porta fechou
bem longe a chave jogou
deixando a imensidão vazia
onde a paixão um dia
com requinte fez moradia
Onde estão as porcelanas e castiçais
o brilho das louças e pratarias?
onde estão os troféus e as adagas das paredes
os móveis antigos, os ornamentos e relicários?
onde estão a flauta, o piano e o violino
a partitura da última sonata triste tocada?
Onde estão as manhãs e os sóis do solar
o jardim de orquídeas, os canteiros e a tua flor?
Onde está o amor?
Onde estará o amor?
porque a paixão não existe
mas o amor não acabou.
Rangel Alves da Costa
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