SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



terça-feira, 21 de junho de 2016

Ao velho vaqueiro (Poesia)


Ao velho vaqueiro


Quando a porteira é aberta
e o gado toma o estradão
o olho que fica chora
o aboio que fica silencia
a vida vaqueira sofre

quando a boiada passa
e a poeira vai levantando
o velho vaqueiro lacrimeja
o boi olha pra trás e berra
um adeus sem despedida

quando tudo enfim passar
vida, vaqueiro e boiada
talvez uma toada sofrida
ainda relembre que um dia
o sertão foi o homem e sua cria.


Rangel Alves da Costa

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