Ao
velho vaqueiro
Quando a porteira é aberta
e o gado toma o estradão
o olho que fica chora
o aboio que fica silencia
a vida vaqueira sofre
quando a boiada passa
e a poeira vai levantando
o velho vaqueiro lacrimeja
o boi olha pra trás e berra
um adeus sem despedida
quando tudo enfim passar
vida, vaqueiro e boiada
talvez uma toada sofrida
ainda relembre que um dia
o sertão foi o homem e sua cria.
Rangel Alves da Costa
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