Depois
dos abutres
Não sou poeta de montanhas
nem de horizontes ao entardecer
não escrevo versos amorosos
nem estrofes de flores e corações
não me debruço sobre escuridões
para ter motivos de sombras e de dor
minha poesia não nasce nem aborta
apenas se lança do alto do penhasco
e ao planar sem vida para os abutres
são recolhidas e assinadas por mim.
Rangel Alves da Costa
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