*Rangel Alves da Costa
Pessoas
existem que são, verdadeiramente, repugnantes. São chatas, insuportáveis,
intoleráveis, irritantes, insociáveis, inoportunas, desprezíveis. E conheço
muitas assim. Chegam falando mal dos outros, repetindo mesmices, querendo se
intrometer demais na vida pessoal, tentando colher qualquer coisa para espalhar
mais adiante. Perguntam exatamente sobre aquilo que o outro não deseja falar,
insiste em assuntos que nada somam ao diálogo, trazem um cesto de lamúrias e
outro de conversa fiada. Muitas, querendo ser importantes demais, adentram por
assuntos que não têm o mínimo conhecimento. Só aceitam cumprimento se a palavra
chegar acompanhada de doutor, doutora ou escambau. Mostram-se com uma empáfia que
chega a ser arrogantes. E são, e muito arrogantes. Sempre querem ser as
melhores, as mais sabichonas, as mais importantes, as mais qualificadas sobre
tudo e para tudo. Quando não são egoístas, soberbas, orgulhosas em demasia,
presunçosas e egocêntricas. O pior é que não há como fugir de tais ervas
daninhas. Quanto mais se corta caminho, mas há encontro. Quando mais fugir mais
elas surgem do nada. E a partir de então, do encontro inevitável, grande parte
do dia já estará perdida. E por vezes todo o restante. Conheço muitas assim. E
é quando dá vontade de mandar... E de vez em quando perco as estribeiras e
mando mesmo. Não vão. Mas mando assim mesmo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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