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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Palavra Solta - a burra e pedante intelectualidade acadêmica


*Rangel Alves da Costa


Não há nada, absolutamente nada, mais burra, presunçosa e pedante, do que a intelectualidade acadêmica. Até o termo intelectualidade é sem sentido quando utilizado para designar ou endeusar determinado grupo de pessoas. Quem não faz uso, bem ou mal, do seu intelecto, inteligência, raciocínio? Ora, as pessoas são mestras naquilo que sabem fazer. O homem da roça é um intelectual, o matuto sertanejo é um intelectual, a dona de casa é uma intelectual, o ambulante também, pois todos fazem uso de algum tipo de inteligência. Mas converse com um intelectual assim e tente conversar com um intelectual acadêmico. A diferença é grande, absurda. O intelectual cotidiano é compreensível, sem florismos nem frescuras, mas o outro não. Reunidos em grupo, com cada um tentando ser mais importante e sabichão que o outro, tudo se torna num cenário de rebuscamentos tais que a própria língua procura se compreender. Procuram os termos mais esdrúxulos, as explicações mais sem sentido, para dar vazão a coisas que bem poderiam ser dialogadas com simplicidade e fácil entendimento. Igualmente com relação ao texto da intelectualidade acadêmica. É uma escrita que nem o próprio autor suporta ler. Como diz Celso Pedro Luft, língua é liberdade. Querer amordaçá-la pelo incompreensível e ininteligível é a mais clara demonstração de burrice. E burrice intelectual acadêmica.


Escritor
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