Rangel Alves da Costa*
Uma verdade, uma realidade incontestável: ainda
há muita gente sem ter, dia após dia, um só pedaço de pão para comer. Por mais
que governantes – mentirosamente, se diga – alardeiem a diminuição da pobreza e
o fim da miséria absoluta, não é muito difícil de encontrar pessoas e até
famílias inteiras, sem o mínimo de alimento dentro do prato. E não é ter pouco
não, é não ter nada mesmo, nem um punhado de farinha nem um pedaço de pão.
Tanto criança como adulto, começa o dia sem qualquer alimento e assim vai até o
instante que alguém bata à porta e ofereça um alívio ao sofrimento. Aqui no
sertão sergipano onde nasci, são muitos os relatos sobre pessoas que vivem sem
nada dentro da panela e do estômago. Pessoas que emagrecem demais e muitos
pensam que estejam doentes, mas o que se confirma é a fome, a falta de comida,
a penúria na vida. Como os mais ricos e abastados nunca estão dispostos a
ajudar, todo auxílio que chega é de gente também empobrecida ou um pouco mais
remediada. São pobres ajudando pobres, num exemplo de grandeza e de
reconhecimento daquele sofrimento que também poderá ser o seu amanhã.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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