Depois
da porta
Depois que o sol perdeu a cor
e a lua não veio para a minha noite
e depois que a manhã veio sem flor
e os pássaros silenciaram no jardim
então aprendi a dor de amar e perder
e no desvão da solidão ter de sofrer
o sofrimento de um adeus dado a mim
e eu que pensei que a eternidade
era para sempre no pulsar do coração
e o amor assim amado assim persistiria
não imaginei que o fim batesse à porta
e a porta aberta separasse nossa estrada
como estranhos que estão e se despedem
e todo amor se torna em grão de nada.
Rangel Alves da Costa
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