Velho
Chico do Velho Chico
As águas mansas chegavam
e lentamente passavam
ante o olhar de um velho
Velho Chico antigo canoeiro
do leito bom do Velho Chico
um belo rio alimentando a vida
e no seu cais abraçando alegre
velhos vapores e apitos roucos
naquelas chegadas e partidas
que um dia esqueceu de voltar
nos olhos do velho as águas do rio
hoje tudo tão pouco e tristonho
sequidão de lágrimas e correntezas
uma vastidão de tantas tristezas
afligindo de terrível sofrimento
O Velho Chico e o Velho Chico
os dois em um só espírito e alma
que remansosamente esmorecem
perante o silêncio triste da tarde
e a angústia de cais e sua saudade.
Rangel Alves da Costa
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