*Rangel Alves da Costa
Sim, os televisivos e famosos quase não amam,
ou não amam mesmo, e apenas se juntam, apenas ficam, apenas passam temporadas
como se casados fossem. Vivem cenas televisivas, com tórridos apelos ao
telespectador, e depois tudo se desfaz com a maior naturalidade do mundo.
Poucos são os exemplos de artistas, atores e atrizes, e outros famosos que
fizeram durar seus casamentos ou suas uniões conjugais. No demais, casam hoje e
amanhã as separações já estarão estampadas nos folhetins. Mesmo aqueles já com
filhos crescidos, passados dos vinte anos de união, de repente acabam se
solteirando. O exemplo mais recente é o de Fátima e Bonner. Outros casamentos,
contudo, nem chegam a procriar e logo estão no adeus. A coisa é tão fugaz, tão
frígida, tão fria e tão instável, que o desfazimento da relação ou da união
sequer provoca qualquer tristeza ou desalento. Também pudera, amanhã o solteiro
já estará com outra atriz, com outro ator, outro famoso, aos beijos ardentes e
coisas mais. Em tais uniões ou relações - estas tão passageiras como as estações
- certamente que não há lugar para o amor, para a paixão, para um compromisso
maior. Apenas uma novela na vida real, que simplesmente acaba. E as cenas do
próximo capítulo já serão ao lado de outro ou outra.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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