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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Palavra Solta - por que os televisivos amam tão pouco?


*Rangel Alves da Costa


Sim, os televisivos e famosos quase não amam, ou não amam mesmo, e apenas se juntam, apenas ficam, apenas passam temporadas como se casados fossem. Vivem cenas televisivas, com tórridos apelos ao telespectador, e depois tudo se desfaz com a maior naturalidade do mundo. Poucos são os exemplos de artistas, atores e atrizes, e outros famosos que fizeram durar seus casamentos ou suas uniões conjugais. No demais, casam hoje e amanhã as separações já estarão estampadas nos folhetins. Mesmo aqueles já com filhos crescidos, passados dos vinte anos de união, de repente acabam se solteirando. O exemplo mais recente é o de Fátima e Bonner. Outros casamentos, contudo, nem chegam a procriar e logo estão no adeus. A coisa é tão fugaz, tão frígida, tão fria e tão instável, que o desfazimento da relação ou da união sequer provoca qualquer tristeza ou desalento. Também pudera, amanhã o solteiro já estará com outra atriz, com outro ator, outro famoso, aos beijos ardentes e coisas mais. Em tais uniões ou relações - estas tão passageiras como as estações - certamente que não há lugar para o amor, para a paixão, para um compromisso maior. Apenas uma novela na vida real, que simplesmente acaba. E as cenas do próximo capítulo já serão ao lado de outro ou outra.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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