*Rangel Alves da
Costa
A votação
começou às 06:32 da manhã. Começaria a derrocada de Dilma. Às 6:34 o placar do
Senado já anunciava o resultado. O afastamento da presidente foi confirmado por
ampla maioria: 55 a 22.
Tchau! E
acorde para a realidade. Foram 55 votos pelo seu afastamento e 22 pela sua
permanência. A verdade venceu a mentira, o chantagismo, o “companheirismo”
mafioso.
Tchau! E
não se assuste com o resultado. Quem aqui planta aqui há de colher. E não
duvide que a porta foi aberta para você ir embora e nunca mais voltar.
Tchau! E
veja que sol bonito sobre o Brasil de agora, sem a sua nuvem negra e sem a
ameaça de sua presença tempestuosa. Um novo dia que se firmará na esperança.
Tchau! E
veja que resultado justo: uma maioria aflita, sofrida, atormentada, vencendo
uma minoria corrupta, nefasta e impiedosa. A coragem vencendo uma maldita
tirania.
Tchau! E
saiba que toda lição é para ser aprendida. Ao não reconhecer sua incompetência,
acabou negligenciando o próprio país e semeando o caos sobre tudo e entre
todos.
Tchau! E
agora os sinos dobram. E dobram de alegria, de júbilo, de contentamento, como
anunciando que o mal caiu e todas as armas agora procuram definitivamente
vencê-lo.
Tchau! E
você, Dilma, não queira mais que isso. Já chegou o seu tempo no livro da
história. E na sua página uma inglória escrita no desgoverno, no descalabro e
na corrupção.
Tchau! E
basta. Já chega. Foram treze anos de PT no poder e o Brasil não suportava mais
servir de vaca às bocas vermelhas sugando todo o seu leite.
Tchau! E
chega. Já acabou a mamata. Foram treze anos com os companheiros fazendo da
nação um festim e se esbaldando dos nossos cofres e nossa dignidade.
Tchau! E
nem olhe para trás. Já aviltou demais toda a pátria para merecer um adeus.
Foram treze de ladroíces, de corrupção, de lamaçais putrefatos.
Tchau! E
nem pense que vai voltar. Já pedalou demais por onde passou e certamente
aprendeu a pegar a estrada. Só que seu caminho será curto, pois Moro é o guarda
da esquina.
Tchau! E
se faça de vítima. Já se vitimizou demais, e agora a verdadeira vítima vai
tentar sair dos escombros deixados por seu governo: o povo brasileiro.
Tchau! E
não se esqueça dos números: 55 a 22. E não se esqueça porque esse mesmo número
se repetirá ou será aumentado quando da votação final de seu definitivo
epitáfio.
Tchau! E nem
tente um último “é golpe”. Já repetiu demais e nenhum efeito causou, pois todos
sabem quem são os verdadeiros golpeados, traídos, achincalhados por um governo.
Tchau! E
nem peça ao companheiro para levar a mala. A essa hora ele, o mentor de toda
desgraça, está preocupado somente com sua própria mala e com sua fuga iminente.
Tchau! E
nem diga que se esqueceu do chicote, da taca de couro cru, no gabinete. Com
essa chibata você não açoitará mais ninguém, não causará outra dor em qualquer
brasileiro.
Tchau! E
não vá se despedir em rede de televisão ou nas redes sociais. Já amassou panela
demais, já fez muita gente ensurdecer, já fez voar muito alumínio pela janela.
Tchau! E
não se esqueça de encomendar uma placa bonita no seu lar de solitário abandono:
Aqui mora uma companheira. Companheira de ratos, baratas, formigas...
Tchau! E
leve apenas uma caneta. Não faça como Lula que levou até o crucifixo do
palácio. A caneta servirá para escrever cartas para João Santana, José Dirceu,
Vaccari...
Tchau! E
um adeus em todas as línguas do mundo: goodbye, au revoir, arrivederci, auf wiedersehen,
tot ziens... Chispa, sai daqui, bote o rabinho entre as pernas e suma. De vez!
Tchau! E
jamais diria tchau querida. Não se despede cordialmente de quem lanhou sua
pele, tirou o seu sono e fez do seu sofrimento um jogo de faz-de-conta.
Tchau! E agora,
ex-tirana, procure no mapa onde fica Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia. E vá
pedalando até lá.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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