Com
amor e perfume
E se de repente
os poemas que a ti escrevi
partissem nas tardes de ventania
e nas folhas tristes restassem apenas
os beijos e os abraços ainda ávidos
e as palavras e as canções ainda vivas
e nada mais restasse que a dor do silêncio
procurando reencontrar-se em escombros
de uma solidão de flores jazendo mortas
no buquê das esperanças que o vento levou
e se de repente
os poemas levados pela ventania
encontrassem a tua janela de entardecer
e diante teu olhar o amor ecoasse em versos
e surgissem canções cheirando a perfume
e surgissem pássaros e borboletas esvoaçantes
e surgissem meus olhos num passo de nuvem
e a minha presença avistada na suave brisa
para apenas sentir os teus olhos brilhando
em cada verso que o amor fez nascer poesia.
Rangel Alves da Costa
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