*Rangel Alves da Costa
Está uma
choradeira de não acabar mais. Aqueles mesmos artistas e pseudointelectuais que
tanto vociferavam em favor do petismo e sua infame governanta, agora, quando
não mais podem sustentar a ladainha do golpe, então se voltam para atacar o fim
das tetas da vaca gorda que os sustentava. Já não defendem Dilma - cujo governo
teve missa de sétimo dia recentemente celebrada -, mas sim seus estados de
orfandade perante as graciosidades absurdas e vergonhosas advindas do extinto
Ministério da Cultura. Daí justificar que artistas e diretores, escritores e
desocupados, então se voltem contra o fim da boquinha, com o dinheiro fácil e
que saía a rodo a quem fosse defensor do petismo. Daí também justificar a
atitude do diretor do filme Aquarius, Kléber Mendonça Filho, que em Cannes
promoveu uma manifestação contra o atual governo. Não vai mais poder contar com
milhões dos cofres públicos para os seus projetos. Não vai mais poder continuar
recebendo salário no Minc sem trabalhar, pois gozando de alto salário sem nada
fazer senão em proveito próprio. Numa situação assim, há de chorar, de
espernear, de vociferar contra o fim da boquinha. Ademais, é quase um vício
pernicioso da classe artística brasileira: arrebanhar dinheiro fácil dos cofres
públicos. E o que fazia o Minc senão aceitar que milhões fossem captados para
uma “importantíssima e fundamental” biografia de Cláudia Leite, para um Luan
Santana da vida e tantos outros mais. Lembram-se do episódio de Maria Betânia,
quando milhões foram destinados para o lançamento de um dvd? É como se tais
artistas não vendessem seus shows e discos, e os recursos recebidos fossem para
cobrir despesas. Ledo engano. Tudo para o enriquecimento pessoal e depois uma
banana para o povo.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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