*Rangel Alves da Costa
Os fatos
não podem ser vistos, sentidos e comentados, apenas pela superfície, pela ponta
do iceberg que surgiu como consequência. Verdade é que ultimamente aquela
selvageria do estupro comoveu todo o país e tomou as páginas do Brasil e do
mundo. Ali a prova maior da bestialidade, da covardia e da insensatez humana.
Um monte de animais, de verdadeiras bestas humanas, usando e abusando
selvagemente de uma indefesa. Tão indefesa que estava entorpecida e entregue em
corpo e vida aos seus algozes. Contudo, há o outro lado que não pode ser
esquecido. Ela já vivia e convivia naquele perigoso meio, já compartilhava o
uso de drogas naquele ambiente, já era conhecida entre aquele universo de tudo
o que não presta. E o pior, não morava ali, sua família não morava ali, não
havia residência familiar naquele local. Mas ela saía de sua casa, sumia por
dias e mais dias, acoitada naquele submundo, era contumaz usuário de drogas e
mantinha relacionamento permissivo com todo aquele tipo de gente. Então, o meio
por ela escolhido não lhe ofereceria qualquer recompensa senão ferir seu corpo,
sua alma, seu útero, sua vida. O episódio em si, como se deu e o número de
pessoas envolvidas, é realmente estarrecedor, indescritível na sua
bestialidade. Mas jamais ela sairia da escolha sem deixar para trás um tanto de
si. E infelizmente lá ficou quase toda a sua vida. Mas eis a verdade do ditado:
quem com porcos se mistura farelo come. Não há saída.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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